Objetivo

Apesar de ser mais lembrado como terra das frondosas Araucárias, foi a árvore da erva mate que rendeu ao Paraná os recursos que alavancaram seu desenvolvimento. Ainda hoje tem relativa importância econômica e social, mesmo que seja quase ignorada por parcela significativa da população do estado. O mate, matéria prima do chimarrão e tererê, é genuinamente paranaense e não é a toa que um ramo de mate e outro de Araucária se abraçam na bandeira estadual. O Paraná, ainda hoje, possui as maiores reservas de erva mate nativa, que são as mais procuradas pelos apreciadores. Foram destas matas que saíram as maiores quantidades de mate para abastecer os grandes mercados consumidores como o Uruguai, a Argentina e o Rio Grande do Sul no século XIX e até meados do XX. Hoje o abastecimento incorpora produto de lavouras cultivadas onde o produto nativo é escasso.

Davi Carneiro, talvez o intelectual mais importante do Paraná, considerava o paranaense valente, porém modesto além da conta. É notório que as pessoas que ao longo do tempo adotaram o estado para viver e que portanto possuem raízes externas, ainda não encontraram uma identidade cultural local mais forte. Isto só acontecerá quando a história paranaense for mais conhecida, apreciada e repassada para as gerações mais novas. Não faltam bons livros e outras manifestações culturais e literárias que retratam o passado, mas nem sempre é fácil descobri-los. Pode ser mais difícil ainda encontrá-los, mas hoje as ferramentas informatizadas facilitam bastante as buscas em livrarias, sebos, bibliotecas, museus, arquivos públicos, etc, do material desejado.

O blog apresentará algumas das literaturas mais acessíveis (livros, reportagens e documentos) que retratam passagens interessantes e importantes da história paranaense, que é muito rica e vai muito além do que normalmente é aprendido na formação escolar.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Anarquistas


No século XIX foram feitas várias experiências de comunidades utópicas pelo mundo. No Paraná pelo menos duas foram fundadas e floresceram por algum tempo. A mais conhecida é a Colônia Cecília. Em 1990 o italiano Giovanni Rossi liderou um grupo de imigrantes italianos com o propósito de estabelecer uma colônia socialista no sul do Brasil. Por problemas de saúde em dois de seus companheiros optou por desembarcar do navio que viajavam a meio caminho,  no porto de Paranaguá. E acabou ficando no Paraná. Adquiriu terras próximas da cidade de Palmeira e ali organizou sua comunidade anarquista. É o próprio Giovanni Rossi quem conta a história da Colônia Cecília neste livro.




Colônia Cecília
Giovanni Rossi
Imprensa Oficial do PR
2000