Objetivo

Apesar de ser mais lembrado como terra das frondosas Araucárias, foi a árvore da erva mate que rendeu ao Paraná os recursos que alavancaram seu desenvolvimento. Ainda hoje tem relativa importância econômica e social, mesmo que seja quase ignorada por parcela significativa da população do estado. O mate, matéria prima do chimarrão e tererê, é genuinamente paranaense e não é a toa que um ramo de mate e outro de Araucária se abraçam na bandeira estadual. O Paraná, ainda hoje, possui as maiores reservas de erva mate nativa, que são as mais procuradas pelos apreciadores. Foram destas matas que saíram as maiores quantidades de mate para abastecer os grandes mercados consumidores como o Uruguai, a Argentina e o Rio Grande do Sul no século XIX e até meados do XX. Hoje o abastecimento incorpora produto de lavouras cultivadas onde o produto nativo é escasso.

Davi Carneiro, talvez o intelectual mais importante do Paraná, considerava o paranaense valente, porém modesto além da conta. É notório que as pessoas que ao longo do tempo adotaram o estado para viver e que portanto possuem raízes externas, ainda não encontraram uma identidade cultural local mais forte. Isto só acontecerá quando a história paranaense for mais conhecida, apreciada e repassada para as gerações mais novas. Não faltam bons livros e outras manifestações culturais e literárias que retratam o passado, mas nem sempre é fácil descobri-los. Pode ser mais difícil ainda encontrá-los, mas hoje as ferramentas informatizadas facilitam bastante as buscas em livrarias, sebos, bibliotecas, museus, arquivos públicos, etc, do material desejado.

O blog apresentará algumas das literaturas mais acessíveis (livros, reportagens e documentos) que retratam passagens interessantes e importantes da história paranaense, que é muito rica e vai muito além do que normalmente é aprendido na formação escolar.

domingo, 9 de fevereiro de 2020

Paraná espanhol

O território hoje ocupado pelo Paraná foi colonizado pelos dois países ibéricos nos primeiros séculos após o descobrimento. O litoral pelos portugueses e o interior pelos espanhóis, de acordo com o que cabia a cada um em divisões acordadas nos tratados de Tordesilhas, Madrid e Santo Ildefonso.

A história dos portugueses é bem conhecida, porém a história dos espanhóis em solo paranaense ficou quase esquecida. Porém, nos séculos XVI e XVII vários núcleos espanhóis, principalmente jesuíticos foram estabelecidos nas margens dos principais rios, como Iguaçu, Ivaí, Piquiri, Tibagi, Paranapanema e Paraná.

Neste livro a autora relata seu trabalho de arqueologia nos sítios de algumas destas antigas povoações, resgatando uma parte desta história.











A Herança de um Tesouro
Claudia Inês Parellada
Teses do Museu Paranaense
2014


Este livro está disponível para download no site do Museu Paranaense: