Objetivo

Apesar de ser mais lembrado como terra das frondosas Araucárias, foi a árvore da erva mate que rendeu ao Paraná os recursos que alavancaram seu desenvolvimento. Ainda hoje tem relativa importância econômica e social, mesmo que seja quase ignorada por parcela significativa da população do estado. O mate, matéria prima do chimarrão e tererê, é genuinamente paranaense e não é a toa que um ramo de mate e outro de Araucária se abraçam na bandeira estadual. O Paraná, ainda hoje, possui as maiores reservas de erva mate nativa, que são as mais procuradas pelos apreciadores. Foram destas matas que saíram as maiores quantidades de mate para abastecer os grandes mercados consumidores como o Uruguai, a Argentina e o Rio Grande do Sul no século XIX e até meados do XX. Hoje o abastecimento incorpora produto de lavouras cultivadas onde o produto nativo é escasso.

Davi Carneiro, talvez o intelectual mais importante do Paraná, considerava o paranaense valente, porém modesto além da conta. É notório que as pessoas que ao longo do tempo adotaram o estado para viver e que portanto possuem raízes externas, ainda não encontraram uma identidade cultural local mais forte. Isto só acontecerá quando a história paranaense for mais conhecida, apreciada e repassada para as gerações mais novas. Não faltam bons livros e outras manifestações culturais e literárias que retratam o passado, mas nem sempre é fácil descobri-los. Pode ser mais difícil ainda encontrá-los, mas hoje as ferramentas informatizadas facilitam bastante as buscas em livrarias, sebos, bibliotecas, museus, arquivos públicos, etc, do material desejado.

O blog apresentará algumas das literaturas mais acessíveis (livros, reportagens e documentos) que retratam passagens interessantes e importantes da história paranaense, que é muito rica e vai muito além do que normalmente é aprendido na formação escolar.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Ruínas de São Francisco

A imagem mais antiga da cidade de Curitiba, uma pintura de 1827 atribuída a Jean Baptiste Debret, foi feita observando-se a cidade a partir do local mais elevado da região, hoje conhecido como alto de São Francisco. Este retrato mostra em primeiro plano o que parece ser o estado da obra da igreja de São Francisco de Paula na época, cujas ruínas ainda estão lá. O famoso pintor francês teria visitado o sul do Brasil, mas não há documentos que comprovem a suposta viagem. Especula-se que esta e outras pinturas da coleção poderiam ter sido feitas depois, a partir de esboços de terceiros.

A igreja nunca foi concluída neste local, e as ruínas que ficaram ainda hoje estão expostas e ao longo dos séculos geraram alguns mitos. O livro conta esta história e desfaz os mitos criados.




Ruínas de São Francisco
Vera Regina B. V. Baptista
Ed. do Autor

2004