Objetivo

Apesar de ser mais lembrado como terra das frondosas Araucárias, foi a árvore da erva mate que rendeu ao Paraná os recursos que alavancaram seu desenvolvimento. Ainda hoje tem relativa importância econômica e social, mesmo que seja quase ignorada por parcela significativa da população do estado. O mate, matéria prima do chimarrão e tererê, é genuinamente paranaense e não é a toa que um ramo de mate e outro de Araucária se abraçam na bandeira estadual. O Paraná, ainda hoje, possui as maiores reservas de erva mate nativa, que são as mais procuradas pelos apreciadores. Foram destas matas que saíram as maiores quantidades de mate para abastecer os grandes mercados consumidores como o Uruguai, a Argentina e o Rio Grande do Sul no século XIX e até meados do XX. Hoje o abastecimento incorpora produto de lavouras cultivadas onde o produto nativo é escasso.

Davi Carneiro, talvez o intelectual mais importante do Paraná, considerava o paranaense valente, porém modesto além da conta. É notório que as pessoas que ao longo do tempo adotaram o estado para viver e que portanto possuem raízes externas, ainda não encontraram uma identidade cultural local mais forte. Isto só acontecerá quando a história paranaense for mais conhecida, apreciada e repassada para as gerações mais novas. Não faltam bons livros e outras manifestações culturais e literárias que retratam o passado, mas nem sempre é fácil descobri-los. Pode ser mais difícil ainda encontrá-los, mas hoje as ferramentas informatizadas facilitam bastante as buscas em livrarias, sebos, bibliotecas, museus, arquivos públicos, etc, do material desejado.

O blog apresentará algumas das literaturas mais acessíveis (livros, reportagens e documentos) que retratam passagens interessantes e importantes da história paranaense, que é muito rica e vai muito além do que normalmente é aprendido na formação escolar.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Coluna Prestes no oeste paranaense

Foz do Iguaçu em 1925 foi o palco do encontro das tropas revoltosas do sul comandadas por  Luiz Carlos Prestes, com os combatentes em retirada de São Paulo após a fracassada revolução de 1924 contra o governo de Artur Bernardes. Os paulistas tomaram Guaira e Foz do Iguaçu e se posicionaram em Catanduvas para se defender das tropas legalistas comandadas por Rondon.
Depois de serem derrotados, partiram para o Mato Grosso e depois rumaram para o nordeste no que ficou conhecida como Coluna Prestes.
Uma parte no livro "As noites das grandes fogueiras" é dedicada a contar esta história da reunião dos revoltosos em Foz e dos combates ocorridos em Catanduvas.

É uma história pouco lembrada, apesar da dimensão relevante dos acontecimentos verificados no oeste paranaense.





As noites das  grandes fogueiras
Domingos Meirelles
Editora Record
2008