Objetivo

Apesar de ser mais lembrado como terra das frondosas Araucárias, foi a árvore da erva mate que rendeu ao Paraná os recursos que alavancaram seu desenvolvimento. Ainda hoje tem relativa importância econômica e social, mesmo que seja quase ignorada por parcela significativa da população do estado. O mate, matéria prima do chimarrão e tererê, é genuinamente paranaense e não é a toa que um ramo de mate e outro de Araucária se abraçam na bandeira estadual. O Paraná, ainda hoje, possui as maiores reservas de erva mate nativa, que são as mais procuradas pelos apreciadores. Foram destas matas que saíram as maiores quantidades de mate para abastecer os grandes mercados consumidores como o Uruguai, a Argentina e o Rio Grande do Sul no século XIX e até meados do XX. Hoje o abastecimento incorpora produto de lavouras cultivadas onde o produto nativo é escasso.

Davi Carneiro, talvez o intelectual mais importante do Paraná, considerava o paranaense valente, porém modesto além da conta. É notório que as pessoas que ao longo do tempo adotaram o estado para viver e que portanto possuem raízes externas, ainda não encontraram uma identidade cultural local mais forte. Isto só acontecerá quando a história paranaense for mais conhecida, apreciada e repassada para as gerações mais novas. Não faltam bons livros e outras manifestações culturais e literárias que retratam o passado, mas nem sempre é fácil descobri-los. Pode ser mais difícil ainda encontrá-los, mas hoje as ferramentas informatizadas facilitam bastante as buscas em livrarias, sebos, bibliotecas, museus, arquivos públicos, etc, do material desejado.

O blog apresentará algumas das literaturas mais acessíveis (livros, reportagens e documentos) que retratam passagens interessantes e importantes da história paranaense, que é muito rica e vai muito além do que normalmente é aprendido na formação escolar.

sexta-feira, 5 de junho de 2020

Sumário

Links:

Mate











































Futebol

Segundo o italiano Arrigo Sacchi o futebol dentre as coisas menos importantes é a mais importante. No Paraná o esporte bretão veio na bagagem de ferroviários que trabalharam na expansão das estradas de trem no início do século XX e que se concentravam em Ponta Grossa em função da localização estratégica de ponto de entroncamento das linhas que se distribuíam em várias direções. Charles Wrigth era engenheiro inglês funcionário da empresa construtora da estrada de ferro São Paulo/Rio Grande e trouxe para Ponta Grossa os materiais necessários para a prática do esporte. Formou um time e começou a praticar e jogar partidas a partir de 1908 (entretanto, anos antes já se praticava jogos em colégios de Curitiba) e em 1909 convidou os curitibanos para adversários numa partida pioneira em fins deste ano em Ponta Grossa. O desafio foi aceito e estes times mais tarde geraram os clubes do Operário Ferroviário de Ponta Grossa e o Coritiba Futebol Clube. Vieram então os times, os duelos, as disputas locais, os campeonatos, a federação, os estádios, o profissionalismo e as memoráveis conquistas. Esta é a história contada neste livro comemorativo aos 100 anos de futebol paranaense. Há pouco a RPC reprisou em dois domingos consecutivos as partidas finais das duas maiores conquistas de Athlético e Coritiba (campeonatos brasileiros de 2001 e 1985). Entretanto, sabe-se lá os motivos, provavelmente ligados a audiência, estas transmissões foram apenas para a capital e entorno, reprisando jogos de outros estados para o interior. Não que isto tenha muita importância, como diria Sacchi, mas demonstra que nem o mais importante veículo de comunicação do estado percebeu que tal procedimento representa contribuição adicional para a pouca identidade dos paranaenses com sua história, indo na contramão de campanhas publicitárias anteriores deste próprio canal de televisão.



Futebol do Paraná – 100 anos de história
Heriberto Ivan Machado e Levi Mulford Chrestenzen
Edição dos autores
2005

quarta-feira, 15 de abril de 2020

A Tecnologia no Paraná e sua História

Ainda no final do período monarquista do Brasil teve início a grande revolução tecnológica consolidada durante o século XX. O Paraná acompanhou o ritmo e alguns livros nos ensinam como este processo se desenvolveu no estado. Impulsionados principalmente pelo domínio da eletricidade, as telecomunicações se desenvolveram, os transportes se transformaram e surgiram o cinema, o rádio, a televisão, etc.
É uma parte importante da história e alguns títulos dedicados ao Paraná ou cujo conteúdo aborde parcialmente o estado estão listados a seguir:

Energia Elétrica
1-Itaipu, 2009, Tão Gomes Pinto, Ed. Manole;

2-Os Campos Gerais e sua Princesa, 1998, Francisco L. Paulo Lange;

3-Um Século de Eletricidade no Paraná, 1994, UFPR/Copel;

4-Usina de Itaipu, 2012, Miguel A. Z. Sória, Ed. UFPR; 


Telecomunicações: Telégrafo e Telefone

5-A História da Telefonia no Paraná (1882-1982), 1982, Lando Rogerio Kroetz, Telepar;

6-Memórias de um Decetista, 1984, Astrogildo de Freitas, IHGEPr;
  
Transporte

7-Carl J. F. Westerman o fiel gestor de uma ferrovia, 2006, Carlos C. Carnasciali, Fundação Santos Lima;

8-Historia do Sistema de Transporte Coletivo de Curitiba (1887/2000), 2005, Raul Guilherme Urban, Travessa dos Editores;

9-Historia do Transporte Urbano no Brasil, 1984, Waldemar  Corrêa Stiel, Editora Pini Ltda;

Cinema


10-Dicionário de Cinema do Paraná, 2005, Francisco Alves dos Santos, Fundação Cultural de Curitiba;




Rádio & TV

11-Em preto e branco, o início da Televisão em Curitiba, 2006, Maria Luiza Gonçalves Baracho, Travessa dos Editores;

12-Nas ondas do rádio, 1996, Maí Nascimento Mendonça, Fundação Cultural de Curitiba;

13-Pequena história de grandes talentos, 2001, Jamur Júnior;


14-Rádio Clube Paranaense, 2005, Valério Hoerner Júnior, Ed. Champagnat;

Utopia

Quase meio século antes da Colônia Cecília, em 1847, o francês Dr. Faivre fundava à beira do rio Ivaí uma comunidade agrícola de franceses batizada de Thereza Christina, em homenagem à Imperatriz, amiga, incentivadora e patrocinadora. Situada dentro das fronteiras do atual município de Cândido de Abreu ainda está lá e é hoje um distrito. Nome de uma importante rua de Curitiba, poucos paranaenses conhecem a história da ilustre figura de Jean-Maurice Faivre, médico com relevantes serviços prestados no período imperial e homem de princípios poucos comuns. Teve a idéia de estabelecer uma comunidade socialista afastada da civilização, inspirada nas reduções jesuíticas que floresceram na mesma região no Paraná espanhol do século XVII. Como as demais comunidades utópicas semelhantes, não progrediu como esperava seu idealizador, apesar de toda perseverança e esforço. Entretanto, a vila acabou se adaptando, recebendo novos imigrantes e permaneceu viva, como nos conta o autor de Saga da Esperança, socialismo utópico à beira do Ivaí.



Saga da Esperança
Josué Corrêa Fernandes
Imprensa Oficial do PR
2006



O grande navegador

Joshua Slocum, o primeiro navegador a dar a volta no globo de forma solitária tem uma história importante com o Paraná, ou mais especificamente com Guaraqueçaba e a baía de Paranaguá. Em 1887 seu navio de carga encalhou num banco de areia e afundou neste local. Com poucos meios para voltar para os EUA, resolveu juntar o que sobrou de sua embarcação naufragada e com a ajuda da esposa e seus dois filhos construiu um outro barco, lançado ao mar em 13/05/1888 o qual recebeu o nome de Liberdade, para empreender seu retorno junto com a família. E assim o fez, tendo obtido sucesso naquilo que parecia destinado ao fracasso. Depois da aventura escreveu e publicou este livro.



A Viagem do Liberdade
Joshua Slocum
Ed. Planeta
2004



Paraná Vivo

Publicado em 1953 (ano do centenário da emancipação política do estado) e reeditado em 1985 pela mesma editora mereceu ainda uma nova impressão em 2000 pela Imprensa Oficial do Paraná. Nele, o estado do Paraná é retratado sob aspecto social, econômico e político, com retrospectiva histórica e tendências futuras e é considerado um documento marcante de uma época de esforços visando à modernidade e estímulo ao desenvolvimento.





Paraná Vivo
Temístocles Linhares
Imprensa Oficial do PR
2000


Litoral Paranaense

Esta obra do Prof. Bigarella é muito abrangente, contemplando história, cultura, arqueologia, biologia, geologia, meio ambiente, enfim todos os aspectos envolvidos para uma boa compreensão da ocupação e evolução do litoral Paranaense, centrado no município de Matinhos, balneário mais tradicional do estado.




Matinho
João José Bigarella
Fundação Cultural de Curitiba
2009


História do Paraná, 2010

Trabalho de muitos anos de Ruy Wachowicz, este livro conta a história paranaense até as décadas mais recentes, contemplando as ocupações e conflitos do Oeste, Norte pioneiro e Norte novo. Pela predominância de migrantes de diferentes origens em cada região criou-se a teoria dos Três Paranás. Houve anteriormente versões didáticas deste livro para serem usadas nas escolas pelos alunos e professores. 



História do Paraná
Ruy Christovam Wachowicz
Ed. UEPG
2010

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Estrada de ferro Paranaguá/Curitiba

A estrada de ferro Paranaguá/Curitiba é um marco fundamental na história econômica do Paraná. Antonio Rebouças trabalhou na transformação do caminho da Graciosa em via carroçável e neste período elaborou paralelamente o anteprojeto da estrada de ferro Antonina/Curitiba pelo caminho do Itupava.

De inicio havia duas concessões para a estrada de ferro Curitiba/Paranaguá:
-a primeira para o trecho Antonina/Curitiba (para Rebouças e outros); 
-a segunda para Paranaguá/Morretes.
Antonio Rebouças deixou o Paraná em 1873, com a conclusão da Graciosa, e faleceu pouco tempo depois, em 1874.

Como os concessionários não viabilizaram as execuções das obras, em 1879 todos os direitos foram transferidos para uma empresa estrangeira (Cia G. Chemins de fer Bresiliens) criada para este propósito. Esta empresa se associou ainda a uma empresa Belga (S.A. de Travaux Dyle et Bacalan) para construir a estrada inteira (Paranaguá/Curitiba).

De 1880 até o inicio de 1882 as obras foram dirigidas pelo comendador italiano Antonio Ferrucci. Depois ele se demitiu e assumiu o Eng. João Teixeira Soares, que permaneceu à frente dos trabalhos até sua conclusão em 1885.
-D. Pedro II e Dna Tereza estiveram em visita ao PR entre Maio e Junho de 1880 para lançar a pedra fundamental da construção;
-A Princesa Isabel e família vieram em Dezembro de 1884 como parte do ritual da inauguração e já viajaram de trem na ida e volta entre Paranaguá e Curitiba.

No centenário da inauguração da ferrovia foi publicado este livro com sua história.



Uma viagem de 100 anos
Autor: vários
Rede Ferroviária Federal
1985

Serra do mar

A Serra do Mar foi a primeira grande barreira para a conquista do território paranaense. Sua travessia para o primeiro planalto só era vencida através de três trilhas conhecidas desde que habitavam apenas indígenas, os caminhos da Graciosa, do Itupava e do Arraial. Mesmo depois da emancipação política levou vinte anos para se concluir a construção de uma estrada carroçável no caminho da Graciosa, primeiro empreendimento visando às necessidades de transporte da produção. A estrada de ferro veio a seguir e ocupou o caminho do Itupava e a estrada para rodagem ocupou primeiramente o caminho da Graciosa e depois o do Arraial. Com a introdução da energia elétrica logo foram aproveitados os potenciais energéticos dos rios que correm serra abaixo. O que era uma barreira passou a oferecer benefícios. Hoje, a serra dominada abriga rodovias, ferrovia, oleoduto e usinas hidrelétricas e a história de cada um destes empreendimentos está contada neste livro.



A conquista da Serra do Mar
Rubens R. Habitzreuter
Editora Pinha
2000

Anarquistas


No século XIX foram feitas várias experiências de comunidades utópicas pelo mundo. No Paraná pelo menos duas foram fundadas e floresceram por algum tempo. A mais conhecida é a Colônia Cecília. Em 1990 o italiano Giovanni Rossi liderou um grupo de imigrantes italianos com o propósito de estabelecer uma colônia socialista no sul do Brasil. Por problemas de saúde em dois de seus companheiros optou por desembarcar do navio que viajavam a meio caminho,  no porto de Paranaguá. E acabou ficando no Paraná. Adquiriu terras próximas da cidade de Palmeira e ali organizou sua comunidade anarquista. É o próprio Giovanni Rossi quem conta a história da Colônia Cecília neste livro.




Colônia Cecília
Giovanni Rossi
Imprensa Oficial do PR
2000

Tempos de barbárie

É falsa a ideia de que nossa história transcorreu de forma pacífica. Ainda hoje o país enfrenta a violência sem grandes avanços. O período da segunda metade  do século XIX e da primeira do XX é marcada por diversas revoltas demasiadamente violentas, como a Revolução Federalista, o Contestado e a Coluna Prestes. No Paraná foram muitas as vítimas da invasão pelos federalistas em 1894, que degolavam seus inimigos sem cerimônias. Foi escandalosa a execução do Barão do Serro Azul e companheiros pelas forças armadas e este é um caso relativamente conhecido. Houve um outro assassinato, entretanto, menos famoso mas igualmente selvagem e indiretamente decorrente da ocupação de Curitiba pelas tropas federalistas. Por ocasião da fuga de Vicente Machado (governador em exercício) de Curitiba para o Rio de Janeiro houve um incidente durante a viagem que selou a sorte de Henrique Henning, mestre de obras responsável pela conclusão das obras da catedral de Curitiba. Esta história foi pesquisada e contada no livro "A cruz do alemão". A barbárie do ocorrido e a importância dos personagens envolvidos agravam os fatos.




A cruz do alemão
Cid Deren Destefani
Ed. do autor
1993

Coluna Prestes no oeste paranaense

Foz do Iguaçu em 1925 foi o palco do encontro das tropas revoltosas do sul comandadas por  Luiz Carlos Prestes, com os combatentes em retirada de São Paulo após a fracassada revolução de 1924 contra o governo de Artur Bernardes. Os paulistas tomaram Guaira e Foz do Iguaçu e se posicionaram em Catanduvas para se defender das tropas legalistas comandadas por Rondon.
Depois de serem derrotados, partiram para o Mato Grosso e depois rumaram para o nordeste no que ficou conhecida como Coluna Prestes.
Uma parte no livro "As noites das grandes fogueiras" é dedicada a contar esta história da reunião dos revoltosos em Foz e dos combates ocorridos em Catanduvas.

É uma história pouco lembrada, apesar da dimensão relevante dos acontecimentos verificados no oeste paranaense.





As noites das  grandes fogueiras
Domingos Meirelles
Editora Record
2008

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Paranaguá no século XVI

A ocupação do território paranaense começou  com a penetração de exploradores portugueses vindo de Cananéia (SP) pela baia de Paranaguá na segunda metade do século XVI. Entretanto, Hans Staden, aventureiro alemão fez duas viagens ao Brasil e antes disto na segunda viagem registrou em seu livro a passagem do navio em que servia pelo Superagui, norte da baía de Paranaguá em 1549, onde foram recebidos por dois portugueses que ali já se encontravam. Staden em seu livro publicou inclusive um esboço de mapa da baía. É o primeiro registro de ocupação portuguesa do litoral paranaense. Este livro foi um sucesso de vendas na época e ainda hoje é muito apreciado, mais particularmente pela narrativa do período em que Staden permaneceu aprisionado pelos selvagens de São Vicente, depois que seu navio naufragou, e seu temor de ser devorado por seus carcereiros antropófagos.

Foi nos rios que desembocam na baia que os faiscadores encontraram ouro pela primeira vez no Brasil, atraindo aventureiros que dali subiram a serra do mar para os campos de Curitiba também em busca do metal, dando origem ao primeiro povoado da cidade de Curitiba às margens do rio Atuba.




Viagem ao Brasil
Hans Staden
Editora Martin Claret
2007

Universidade do Paraná

Foi em 19/12/1912 a fundação da Universidade do Paraná, por iniciativa de notáveis figuras residentes em Curitiba, liderados por Nilo Cairo da Silva e Victor Ferreira do Amaral. Seu primeiro ano letivo foi em 1913, com vários cursos. Funcionou como entidade privada até ser federalizada a partir do ano letivo de 1951 e passar a ser denominada de Universidade Federal do Paraná (UFPR), com gratuidade de ensino. É considerada a mais antiga instituição brasileira concebida como universidade ainda em atividade, tendo funcionado ininterruptamente durante todo o seu tempo de vida de forma unificada, apesar de ter que se adequar às exigências legislativas em vigor em épocas que a lei restringia a constituição de universidades no país.




Universidade do Mate
Ruy Christovam Wachowicz
Ed. Da UFPR
2006

Ruínas de São Francisco

A imagem mais antiga da cidade de Curitiba, uma pintura de 1827 atribuída a Jean Baptiste Debret, foi feita observando-se a cidade a partir do local mais elevado da região, hoje conhecido como alto de São Francisco. Este retrato mostra em primeiro plano o que parece ser o estado da obra da igreja de São Francisco de Paula na época, cujas ruínas ainda estão lá. O famoso pintor francês teria visitado o sul do Brasil, mas não há documentos que comprovem a suposta viagem. Especula-se que esta e outras pinturas da coleção poderiam ter sido feitas depois, a partir de esboços de terceiros.

A igreja nunca foi concluída neste local, e as ruínas que ficaram ainda hoje estão expostas e ao longo dos séculos geraram alguns mitos. O livro conta esta história e desfaz os mitos criados.




Ruínas de São Francisco
Vera Regina B. V. Baptista
Ed. do Autor

2004

Colyseu coritibano

Na Curitiba de 1905 se instalou no centro da cidade  um parque de diversões chamado “Colyseu coritibano”. Lá havia ringue de patinação, carrossel mecânico, tiro ao alvo, bares, e outras atividades de lazer. Um imigrante espanhol de nome Francisco Serrador Carbonell que havia se estabelecido em Curitiba e vivia de comercio varejista era dono do Coliseu e resolveu lá instalar também um cinematógrafo onde passou a exibir filmes. Nascia o cinema na capital e Serrador expandiu seu negócio para outros estados.





A fábrica de ilusão
Ângela Brandão
Fundação Cultural de Curitiba
1994


Santa Casa

A construção começou em 1868 e foi inaugurada em 1880 por D.Pedro II. Entretanto, a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia já estava presente em Curitiba desde 1852, em outro local. Sua construção se deu graças ao empenho do Dr. José Cândido Muricy, que faleceu prematuramente um ano antes da inauguração. Na época, era considerado pelos moradores um local muito distante da cidade e de difícil acesso, pois para se chegar lá era preciso atravessar um banhado (área hoje ocupada pela praça Rui Barbosa). O local era chamado de “Campo do olho d`água dos sapos”.




Santa Casa
Valério Hoerner Júnior
Editora Champagnat
2002

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

O Dezenove de Dezembro, jornal

O primeiro jornal publicado em terras paranaenses foi o “O Dezenove de Dezembro”, batizado em homenagem a data da criação da Província em 1853. O primeiro número é de 01/04/1854 e a partir daí era produzido semanalmente. O seu proprietário era Cândido Martins Lopes, que foi convencido por Zacarias de Góes e Vasconcelos a se transferir de Niterói (RJ) para Curitiba para instalar uma tipografia. Alem do jornal a tipografia prestava os demais serviços de impressão para o governo. O jornal encerrou atividade em 1890.

Em 1979 o governo patrocinou uma edição fac-similar dos jornais editados no Ano I (1854/1855) da coleção do Museu Paranaense.




O Dezenove de Dezembro
Cândido Martins Lopes
Secretaria de Estado da Cultura e do Esporte (PR)
Biblioteca Pública do Paraná
1979

Dicionário

O Dicionário Histórico-Biográfico do Estado do Paraná, publicado em 1991 é um livro de verbetes bastante abrangente, composto de histórico de pessoas, instituições e periódicos. Indispensável para pesquisadores e fonte de informação rica e confiável para qualquer interessado em detalhes da história paranaense.



Dicionário Histórico-Biográfico do Estado do Paraná
Autor: vários
Editora do Chain
Banco do Estado do Paraná S/A
1991

Joaquim, revista

Em Abril de 1946 começou a ser editada em Curitiba a revista Joaquim (“em homenagem a todos os Joaquins do Brasil”), por Dalton Trevisan. Foram 21 números, até dezembro de 1948, e é considerada uma das melhores revistas culturais brasileiras já produzidas. Grandes nomes  da cultura paranaense e brasileira deixaram registros na revista, como escritores, jornalistas, críticos, etc.

Em 2001 o governo do estado reproduziu em edição fac-similar toda a coleção.



Joaquim, número 1
Dalton Trevisan
Imprensa Oficial do Paraná
2001

Arquivo público

Criado em 1855 pelo primeiro presidente da província, Zacarias de Góes e Vasconcelos, o Arquivo Público do Paraná disponibiliza aos interessados uma grande coleção de documentos oficiais. Estão lá, por exemplo, os relatórios anuais dos presidentes da província e governadores do estado do Paraná, digitalizados para poderem ser baixados e/ou lidos. É uma importante fonte de documentação para pesquisas e estudos.





Relatório de governo
Zacarias de Góes e Vasconcelos
1854







Este relatório pode ser acessado e baixado do site do Arquivo Público do Paraná.

https://www.administracao.pr.gov.br/ArquivoPublico/Pagina/Relatorios-de-Governo