Objetivo

Apesar de ser mais lembrado como terra das frondosas Araucárias, foi a árvore da erva mate que rendeu ao Paraná os recursos que alavancaram seu desenvolvimento. Ainda hoje tem relativa importância econômica e social, mesmo que seja quase ignorada por parcela significativa da população do estado. O mate, matéria prima do chimarrão e tererê, é genuinamente paranaense e não é a toa que um ramo de mate e outro de Araucária se abraçam na bandeira estadual. O Paraná, ainda hoje, possui as maiores reservas de erva mate nativa, que são as mais procuradas pelos apreciadores. Foram destas matas que saíram as maiores quantidades de mate para abastecer os grandes mercados consumidores como o Uruguai, a Argentina e o Rio Grande do Sul no século XIX e até meados do XX. Hoje o abastecimento incorpora produto de lavouras cultivadas onde o produto nativo é escasso.

Davi Carneiro, talvez o intelectual mais importante do Paraná, considerava o paranaense valente, porém modesto além da conta. É notório que as pessoas que ao longo do tempo adotaram o estado para viver e que portanto possuem raízes externas, ainda não encontraram uma identidade cultural local mais forte. Isto só acontecerá quando a história paranaense for mais conhecida, apreciada e repassada para as gerações mais novas. Não faltam bons livros e outras manifestações culturais e literárias que retratam o passado, mas nem sempre é fácil descobri-los. Pode ser mais difícil ainda encontrá-los, mas hoje as ferramentas informatizadas facilitam bastante as buscas em livrarias, sebos, bibliotecas, museus, arquivos públicos, etc, do material desejado.

O blog apresentará algumas das literaturas mais acessíveis (livros, reportagens e documentos) que retratam passagens interessantes e importantes da história paranaense, que é muito rica e vai muito além do que normalmente é aprendido na formação escolar.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Campos de Guarapuava

A conquista dos campos de Guarapuava foi suspensa por 40 anos, desde que as expedições portuguesas lideradas por Afonso Botelho em 1770 e 1771 penetraram na região. Coube a Diogo Pinto de Azevedo comandar a tropa que em 1809 recebeu a missão de abrir um caminho e ocupar esta região o que de fato aconteceu no ano seguinte. Foi construída uma fortaleza batizada de Atalaia, pois a região era habitada por nativos selvagens. Posteriormente esta fortaleza foi destruída e em outro local foi fundada a cidade de Guarapuava.

É o retrato de uma época pioneira, de conquistas e dos sacrifícios enfrentados nestas aventuras rumo ao desconhecido.




Conquista Pacífica de Guarapuava
F. R. Azevedo Macedo
Coleção Farol do Saber
Fundação Cultural de Curitiba
1995